Quem sois vós, cavalheiros do insondável, Que vindes perquirir na noite escura, Tentando devassar o indevassável Nos martírios cruéis da sepultura? Ah! Se estamos atrás dessas muralhas De silêncio e de cinza instransponível, Estais vós envolvidos nas mortalhas De incompreensão e treva indescritível! Vossos trabalhos, lutas e agonias Entre as ciências e as filosofias São um esforço grandioso, almo e infecundo! Só ouvireis com verdade a nossa história Quando a morte na vida transitória Vossos olhos fechar para este mundo.
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Reformador — 16 de junho de 1936.
Posteriormente reproduzida em Reformador de maio de 1983, à página 10.