Também, Senhor, um dia, de alma ansiosa, Num sonho todo amor, carícia e graça, Quis encontrar a imagem cor-de-rosa Da ventura que canta, sonha e passa. E perquiri a estrada erma e escabrosa, Perenemente sob a rude ameaça Da amargura sem termos, angustiosa, Entre os frios do Pranto e da Desgraça, Até que um dia a dor, violentamente, Fez nascer no meu cérebro demente Os anelos de morte, cinza e nada. E no inferno simbólico do Dante, Vim reencontrar a lágrima triunfante, Palpitando em minh’alma estraçalhada.
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