I Primavera, verão, outono e… quando Lá fora sussurrava o vento brando Faz-se no coração a noite escura, Depois, sob a folhagem do cipreste, II E eu que negava a Deus, e eu que não cria Desventurado náufrago sem guia, Perambulei pelos infernos torvos, Até que um dia, ó paz, o céu se anila! |
: Meu amigo trabalhe pela fé vitoriosa no coração humano quanto seja possível ao seu esforço. O ateu é doente grave. A necrose da alma é muito mais perigosa que a gangrena do corpo. Ajude os infelizes filhos da sombra a cobrarem energias, em favor de si mesmos. É necessário que o sol da crença visite esses espíritos enregelados que se perderam no frio polar da ciência negativista. Ganhe patrimônios de serviço, que eu perdi por teimosia e cegueira. Ainda me sinto pobre, miserável e frágil, mas conte sempre com a amizade sincera do Batista.
Reformador — Julho de 1947.
Segundo consta do original, João Batista da Silva foi farmacêutico e clínico humanitário, musicista e poeta mineiro do final do século XIX. Ateu desde a juventude, desencarnou aos 75 anos no mais absoluto ceticismo religioso. Manifestou-se psicograficamente por meio de Chico Xavier na noite de 20 de maio de 1947 durante sessão de preces na residência de uma enferma, ditando o soneto e o post-scriptum acima, dirigidos a Ismael Gomes Braga, que tinha relação de amizade e de parentesco com o Espírito comunicante. e que estivera presente à sessão.