Homem, por mais que a fé ore e conclame Teu coração à excelsa paz divina, Buscas, sedento de carnificina, O moloque da guerra, escuro e infame.
Embora a voz do Mestre te proclame A lei do amor em bênçãos de doutrina, Entronizas o braço que assassina Por milênios de treva e de gravame…
Eis que o monstro de fogo te constringe A garganta famélica de Esfinge E as mãos negras e hirsutas de Mavorte!
Caim possesso de sinistros demos, Ai de ti, que enterraste os dons supremos Nos abismos tantálicos da morte! |
Reformador — Setembro de 1948.
Consta do original a informação de que esse soneto foi psicografado em 1º de junho de 1948, em reunião pública da Casa Espírita em Juiz de Fora, Minas Gerais.