Você nos pergunta, aflito: — “Na mágoa de que me inundo, Como agir, fazendo o bem, Ante os caminhos do mundo? “Qualquer esforço que eu faça Na caridade ou na fé, Atrai amigos da onça, A me pegarem no pé… “Sou fiel aos meus deveres, Trabalho e sirvo, a contento, Por que a crítica em tudo É o meu acompanhamento?” A nossa resposta é curta: — “Na vida quem menos erra Terá o sarcasmo alheio Por duro fiscal na Terra; “Mas, se você quer andar Sem pedras na própria estrada, Fique de sombra e água fresca E viva fazendo nada.” |