Nos trabalhos da assistência Aos filhos da expiação, Ouve a bondade em silêncio No templo do coração. Cede pão ao companheiro Que segue, triste, ao relento; Contudo, atende a quem chora Com fome de entendimento. Alonga braços fraternos Às aflições da orfandade, Mas domina, onde estiveres, A própria agressividade. Estende o olhar de ternura Que em toda parte é bem-vindo; Entretanto, foge à inveja Que observa, destruindo… Na praça pública, acende O verbo em luz a brilhar; Todavia, não te esqueças Da caridade no lar. Não te prendas ao supérfluo, Reparte as sobras da mesa, Mas satisfaze na luta Ao culto da gentileza. Distribui roupa e calçado, Socorre a chaga e a doença; Evita, porém, guardar A sombra da desavença. Protege o irmão que a amargura Tanta vez castiga e arrasa, Mas suprime, sem revolta, As dores da própria casa. Socorre os padecimentos De quem se cansa e baqueia; No entanto, respeita em tudo O campo da vida alheia. Ampara sempre a quem sofre. Contudo, em louvor do bem, Não critiques, nem censures, Nem penses mal de ninguém. |