O espírita é o companheiro da Humanidade que possui:
tanta compreensão que ainda mesmo nas situações difíceis, contra si próprio, jamais descamba na suscetibilidade ou na queixa;
tanta energia de ideal que nunca se dobra às sugestões do desânimo, por piores sejam as crises que atravesse;
tanto otimismo que, mesmo nas mais escabrosas provações, sabe sempre sorrir e encorajar os seus irmãos;
tanto espírito de serviço que não se cansa, em tempo algum, de repetir a doação do auxílio que possa fazer, em benefício dos semelhantes;
tanta fé na Providência Divina que jamais se permite mergulhar no desespero ou na aflição;
tanto anseio de luz que não cessa de estudar, sejam quais sejam as circunstâncias;
tanto entendimento que nunca se deixa enredar por intriga ou maledicência, encontrando sempre algum meio de amparar as vítimas das trevas, no caminho da reabilitação;
tanto devotamento à fraternidade que nada sabe acerca de revide ou desforra, por viver constantemente no clima da caridade e do perdão;
tanta dedicação ao trabalho que não se compraz na ociosidade, ainda quando disponha de avançados recursos materiais;
tanta vontade de seguir os exemplos do Cristo de Deus que não encontra qualquer prazer em comentar o mal, em vista de trazer o coração incessantemente voltado para o exercício do bem.
Em suma, o espírita é proprietário de valores e bênçãos no reino da alma, capaz de ser feliz na abastança ou na carência, na elevação social ou no lugar mais singelo do mundo, de vez que carrega em si e por si os tesouros de vida eterna.