Aquele que talvez consideres por inimigo unicamente porque te não pode satisfazer as reclamações será provavelmente um criatura pressionada por exigências que nunca te abordaram as áreas de ação.
O companheiro que se te afigura viciado, em vista dos hábitos infelizes a que se afeiçoa, até que se projetasse na sombra, terá sofrido tribulações para a travessia das quais é possível não disponhas ainda nem mesmo da metade das forças.
O irmão que alijou a carga de compromissos que lhe competia, em meio da estrada na qual jornadeias, haverá aguentado, no mais íntimo da própria alma, provas e conflitos, que provavelmente até agora não conseguistes imaginar.
O amigo que se te fez menos estimável, à face do desespero a que se entregou, até que isso acontecesse, terá suportado empeços e sacrifícios, que não pudeste perceber, até hoje, em momento algum.
A irmã que desistiu das obrigações a que se entrosava, até o instante de semelhante deliberação, haverá tolerado angústias das quais é possível jamais tenhas sofrido a mais ligeira mostra no coração.
Abstenhamo-nos de julgar. Nosso ponto de vista, ante os problemas dos outros, na maioria das vezes, pode ser apenas impertinência, descaridade, leviandade, constrição.
Deixa que o amor te enriqueça e te ilumine o espírito de justiça.
Diante daqueles que te pareçam caídos, silencia quando não possas auxiliar. Recorda que todos eles são igualmente nossos irmãos. E já que não sabemos até quando e até onde conseguiremos assegurar a própria resistência, à frente das tentações, saibamos entregar as dificuldades alheias à Bondade de Deus, cuja misericórdia cuidará delas, tanto quanto cuida e cuidará também das nossas.