Paz e Renovação

Capítulo XII

Conclusão espírita



Ante o serviço da seara espírita cristã, há quem recue, alegando carregar consigo excessiva carga de defeitos e imperfeições.

Entretanto, ponderemos:

Se tivéssemos resolvido todos os nossos problemas da vida externa…

Se todos os nossos conflitos interiores quedassem extintos…

Se fôssemos Espíritos tão elevados que só atraíssemos criaturas enobrecidas…

Se houvéssemos pago todos os débitos de nossas existências passadas, a ponto de conservarmos em nosso grupo afetivo ou doméstico apenas amigos de eleição…

Se vivêssemos inatingíveis a desejos inferiores…

Se guardássemos conosco todos os valores da educação…

Se estivéssemos tão intimamente unidos ao poder do bem, que não considerássemos, de modo algum, a existência do mal, ainda mesmo quando o mal nos fustigue…

Se possuíssemos uma fé absoluta…

Se amássemos a todos os nossos irmãos, quaisquer que sejam, como Jesus nos amou…

Se já fôssemos tão humildes, que conseguíssemos atribuir unicamente a Deus a autoria e a posse dos bens de que sejamos depositários e instrumentos na vida, reservando para nós simplesmente o privilégio do dever retamente cumprido…

Decerto que o esforço espiritual cristão, em nosso caminho, careceria de significado, porquanto a nossa presença em serviço não seria no clima da Terra, mas sim na cúpula da Direção Divina do Mundo, em plena glória celestial.