Sobre o Amor, nada se sabe Da energia que o mantém; Ninguém nota quanto chega, Nem sabe de onde vem. Pedi um brinde à roseira Para tê-lo em meus caminhos; Ela deu-me um ramo verde, Todo crivado de espinhos. Dizia João amar tanto A esposa, Dona Sofia, Que lhe dava sem razão Cinco varadas por dia. Dizia a noiva: “meu bem” Toda vestida de branco; Mas, ante o marido idoso, Chamava-o “burro manco”. Nunca escutei tanto choro Como ouço tanta jura, No enterro de alguns amigos, À beira da sepultura. Nunca vi homem tão mau Como aquele que se atira À conquista da mulher Que lhe recebe a mentira Beijando a segunda esposa, Falou-me o Juca Dirceu: “A mudança é a lei da vida, O viúvo é quem morreu.” Saudade! Triste saudade!… Amargura nos extremos!… Saudade em nós só se extingue Nas saudades que tivemos. Somos nós, os trovadores Almas sedentas de Luz, Buscando constantemente A proteção de Jesus. Em tempo algum, olvidemos Entrelaçar nossas mãos, Sabendo, perante Deus, Que todos somos irmãos. |