Embora a angústia que te rasga o peito, Lacerando-te o ser, exausto e aflito, Chagado crente de celeste rito, Vive o culto do Amor, puro e perfeito. Atormentado, exânime, proscrito, Sob as flagelações do trilho estreito. Ergue a flama sublime do Direito, Alçando a fronte à glória do Infinito!… Sacrifica-te e sofre, mas não temas. Vence a aflição das últimas algemas, Rompendo a ganga dos terrestres lastros! E, ave fugindo aos cárceres medonhos, Remontarás, além dos próprios sonhos, No roteiro mirífico dos astros. |