Lembra-me, mãe querida, a glória que me deste, A alegria do lar no lençol de cravinas, A mesa, o livro, o pão e as canções cristalinas, As preces de ninar, no humilde berço agreste. Ao perder-te, no mundo, o carinho celeste, Vendo-te as mãos em cruz, quais flores pequeninas, Fui chorar-te, debalde, ao pé das casuarinas, Buscando-te a presença entre a lousa e o cipreste!… Entretanto, do Além, caminhavas comigo, Vinhas, a cada passo, anjo piedoso e amigo, Guardar-me o coração na fé radiante e calma; Quando a morte veio expor-me à noite escura, Solucei de alegria, em preces de ternura, Em te revendo a luz, conduzindo minha’alma!… |