Vejo-te, herói marcial… Soam clarins e trompas. Brandes a espada ao sol, estrondeia a batalha!… Gritas, no infando caos e, ao grito da metralha, Lamenta o povo a guerra, a pedir que a interrompas. Ao teu carro triunfal de púrpuras e pompas, Tudo treme, maldiz, soluça e se estraçalha… Segues e o próprio chão faz-se fogo e fornalha, Nem cerco, assédio, praça ou muro que não rompas!… Amedalhado soba, ergues, árdego, a pluma!… Surge a morte, no campo, e o peito se te embruma… Vencido, as emoções em blasfêmias sublevas!… Mas, reencarnado, enfim, guardas, por elmo e escudo, O corpo mutilado, inerme, surdo, mudo, E o choro de quem lembra o naufrágio nas trevas!… |