Prometeu algemado à cruz das dores, Bendize, em pranto, a divinal sentença Que te guarda no mundo a alma suspensa, Entre abismos, angústias e pavores. Na treva dos gemidos remissores, Abre o sacrário virginal da crença E fita a vastidão divina e imensa, Estrelada de sonhos e esplendores. Do céu que buscas torturado e crente, Desce a esperança milagrosamente Por níveo anjo sobre a estranha grade. E encontrarás chorando de alegria, Além da noite dolorosa e fria, O caminho da Eterna Liberdade. |