Mulher moça abandona, em grande pátio imundo, O filhinho que, em vão, lhe dera a vida ao seio; Depois, vende prazer, comprando, a bolso alheio. A posição faustosa, e o renome infecundo. Corre o tempo… Mais tarde, aos empuxões do mundo, Certa noite, ela aguarda alguém para recreio… Entra um jovem ladrão, abre-lhe o cofre cheio, A dama roga auxílio e agarra o vagabundo… Ele brande o punhal e o sangue se lhe verte… Agonizante, fita — embora o corpo inerte — O rapaz que lhe furta as joias do peitilho; Súbito, encontra nele o enjeitado de outrora, E, tarde, a pobre mãe debalde grita e chora: — “Perdoa-me, Senhor!… Não me mates, meu filho!…” |