(Versos de carinho e gratidão a um chefe e amigo de outras reencarnações, que hoje reencontrei, sob o amparo de um manicômio.)
Lembro-te, Soberano, as incursões bizarras… Ordenas invasões… Feres, vences, dominas!… Deixas a estrada em fogo, os castelos em ruínas, Agonia e pavor nas terras onde esbarras!… Tudo a morte levou… Os troféus e algazarras, As armas, os brasões e as tropas libertinas… E encontrei-te, hoje, oh rei!… Clamas e desatinas, Reencarnado no hospício a que, louco, te agarras… Dói ver-te inerme, assim, lívido e descomposto Na laje celular por trono de recosto!… Mas louva as provações, ditoso por sofrê-las!… Findo o resgate justo, um dia, tempo afora, Terás de novo um reino e os amigos de outrora, Nos impérios do amor, para além das estrelas!… |