Poetas Redivivos

Capítulo XII

Liberto, enfim…



Outrora, à frente de conquistadores,

Num trono de fantásticas riquezas,

Despojando cidades indefesas,

Comandei o cortejo de esplendores!


Depois… infernos atormentadores,

Braseiros vivos, maldições acesas,

Ligado à angústia de milhões de presas,

Apunhalado o peito por mil dores…


Depois ainda… um reino de feridas.

Um sólio de aflições desconhecidas

E um cetro de degredo e solidão…


Mas, em seguida à lepra que devora,

Deslumbrado, acordei na Eterna Aurora,

De alma liberta para a redenção.