A Terra disse ao Tempo: — “Aonde me levas, Cavaleiro invisível, mudo e errante, Que a luta me renovas, cada instante, Desde as primeiras formações longevas? Monstro que me apavoras e me enlevas, Porque, seguindo a passo de gigante, Trazes a luz do dia fulgurante E amortalhas o dia, sob as trevas?!…” Mas o Tempo clamou: — “Escuta e lida! Eu sou teu companheiro para a vida, Impelindo-te aos sóis da eternidade! Tudo altero em teu seio, pólo a pólo, Desde as nações aos vermes de teu solo, Menos a Eterna Lei da Caridade.” |