Reencarnação!… Descer de mansão doce e flórea, Ninho tecido aos sóis qual fúlgida escumilha, Onde a vida pompeia excelsa maravilha, E afundar-se na sombra em lodacenta escória! Ante o ser livre e belo — ave aos cimos da glória Recorda o corpo escravo ascorosa armadilha; O berço — irmão do esquife — é a furna em que se humilha Todo sonho ideal de ventura incorpórea. Reencarnação, porém, é a Justiça Perfeita, A Lei que esmonda, ampara, aprimora e endireita, Por mais o coração inquira, chore ou trema!… Alma, entre a lama e a dor da luta em que te abrasas, Crias teu próprio mundo e as tuas próprias asas Para galgar, um dia, a vastidão suprema!… |