QUADRO PUNGENTEAlcoólatra vampiro alça a boca debalde, Ébrio desencarnado, a hedionda sede aguça. Híspidos lábios lambe e escancara a dentuça, Tateia o vidro, em vão, do frasco verde e jalde. Rápido, caça alguém no remoto arrabalde, Alcoólatra encarnado encontra e lhe refuça A goela que se inflama, enrubesce e empapuça, Como a sacar de si mais sede que a rescalde. Agarra-se o vampiro ao bêbado por entre As vértebras do peito e as vísceras do ventre, Toma-lhe o braço e o corpo… Estala a língua bronca! A dupla bebe, bebe… E, às tontas, na calçada Cai de borco no chão, estira-se largada, Delira, geme, dorme, espolinha-se e ronca… |
Essa mensagem foi publicada originalmente em 1971 pelo IDE e encontra-se no 4º capítulo do livro “”