Romeiro da ansiedade, em lágrimas avanças, A estrada é solidão enquanto a luz declina, Esbravejam bulcões na tela vespertina, Faz-se a noite aguaceiro em súbitas mudanças!… Nem estrelas no céu, nem lar nas vizinhanças, Mais granizo a descer, mais sombra, mais neblina… A tempestade ruge, o caos troa e domina, A calhaus e marnéis mais trôpego te lanças:… Não temas! Segue e vence a lúrida procela, Não procures saber se o frio te enregela, Nem te prendas ao fel da senda atormentada… Resguarda-te na fé! Sofre, luta, porfia!… Renascerá da treva a bênção de outro dia Nos caminhos de sol da nova madrugada. |