— “Morte ao mouro na roda! Eu, Marquês, determino!…” Bradava Dom Vidal, de flórea platibanda. E, de cabeça em fogo, a vítima demanda: — “Valei-me, ó Tribunais do Socorro Divino!” Outros mouros se vão, a regalos de sino… Um dia, Dom Vidal, enquanto se desmanda, Vê a morte chegar… Cede-lhe à força branda, Mas, liberto da carne, é um louco sem destino. Correm tempos de dor… O fidalgo violento Renasce em provação!… Penúria, sofrimento… Paranoico e obsesso, exibe pompa espúria. Alucinado agora, em tugúrio singelo, Proclama: “Eu sou Marquês!… Quem roubou meu castelo?” Depois tomba na laje em acessos de fúria… |