— “Este é o campo de amor, onde Deus te situa!…” Falou-me o Sol raiando… Em tudo, amanhecia… Disse-me a vida: “Vem!… Semeia, enquanto há dia, Honra-se, em toda parte, a Terra por ser tua!…” Desço, porém, da gleba aos encantos da rua, Escarneço da fé e enveneno a alegria, Busco apenas prazer em vereda sombria, Mas a morte aparece e a vida continua!… Desvalido no Além, disputo o corpo aos vermes, Tenho o peito gelado, as mãos tristes e inermes; No entanto, o coração em labaredas arde… Rogo mais tempo à vida e a vida me responde: — “Esperas, filho meu, mais tempo não sei onde… O teu dia se foi… Agora é muito tarde!…” |