Poetas Redivivos

Capítulo CXII

Mensagem da compaixão



Se alguém te assalta o nome e a vida te alanceia,

Se a pancadas verbais te enlameia ou esbordoa,

Se alguém colado à treva ilaqueia e atraiçoa,

Compadece-te e olvida a prepotência alheia.


Se a galhofa te zurze e o ódio te guerreia,

Inflamando-te a senda e a intenção clara e boa,

Não te prendas ao mal! Ama, serve, abençoa!…

O desforço envenena, a mágoa desnorteia.


Se alguém te encharca em fel o peito opresso e pasmo

A compressões de angústia è a golpes de sarcasmo,

Sê bálsamo do Céu na estrada onde transites!…


Nada te turve a paz do amor terno e profundo,

De passo a passo, trilha a trilha, mundo a mundo,

Deus é a bondade eterna e o perdão sem limites.