Você me pede conselhos, Meu caro Joaquim Belém, Mas ainda estou mambembe, Não posso guiar ninguém. A morte não é prodígio, É tão só ato de lei. Continuo a ser Jair, Apenas desencarnei. Notando a sinceridade Que o seu pedido traduz, Peçamos, nós dois, ao Céu Equilíbrio, paz e luz. Fujamos da esnobação Que vem de cabeça oca, Conservemos com cuidado Muita cautela na boca. Para fazer bem aos outros, Cultivemos ação pronta, Esquecendo tudo aquilo Que não é de nossa conta. Eu não posso dar conselho… Estou criando juízo; Qualquer conselho que eu dê, Estou dando o que preciso. |