Na Terra, se via um quadro Do suplício de Jesus, Perguntava o que haveria No outro lado da cruz. Lado avesso? O que seria? O esconderijo de alguém? Alguma espada a esperar O Mestre do Eterno Bem? Passei no mundo guardando Na ocupação mais travessa, Essa estranha inquisição Que me agitava a cabeça. Perdi o corpo na morte… Nova estrada, novo abrigo, E a pergunta sem resposta Ficou vibrando comigo. Um dia, ouvindo um mentor Em generosa lição, Transmiti-lhe, de repente, Minha antiga indagação. Ele me disse : “Jair, Reflita, busque pensar… O outro lado da cruz É o nosso próprio lugar.” E acentuou: “quem quiser Sair do plano comum, Sofrer e servir com o Cristo É o ponto de cada um.” |