Praça da Amizade

Capítulo X

Perdão e vida



Não há planta que produza

Fora do justo lugar.

Felicidade aparece

Para quem sabe esperar.


Quem perdoa vence.


Se o mal te cerca e aguilhoa

Tentando inibir-te a paz,

Não reclames, abençoa…

Perdoando, vencerás.


Entre ofensa e ofendido, o perdão simboliza a presença de Deus.


Agressão e sofrimento?

Injúrias em derredor?

Recorda, em qualquer momento,

Que Deus faz sempre o melhor.


Ressentimento é sempre um veneno sutil gerando desequilíbrio e enfermidade.


Perdoa. O jardim, após

Massacres arrasadores,

Não nega às mãos que o devastam

Novas colheitas de flores.


Não te lembres do mal para que o mal te possa esquecer.


Entre ofensas e querelas,

De medidas a tomar,

Ao estudar todas elas,

A melhor é perdoar.


Quando a pedra se viu transformada em obra prima, pediu a Deus recompensasse o buril que a lapidara.


Companheiros que nos deixam,

Considerados caídos,

Pelo bem que nos fizeram

Não podem ser esquecidos.


Perdoa hoje as faltas alheias para que as tuas próprias faltas sejam perdoadas amanhã.


Foge ao lamento infecundo

Que agita, fere ou maldiz;

Basta ao culpado no mundo

A dor de ser infeliz.


Muitas vezes, o agressor é apenas um doente, mais necessitando de medicina do que de punição.


Progresso no mundo todo

Lembra o perdão por dever;

O próprio sol, ante o lodo,

Busca servir e esquecer.


Alma corajosa não é aquela que se dispõe a revidar o golpe recebido e sim aquela que sabe desculpar e esquecer.


Da bondade, em meus caminhos,

Eis lição das mais formosas:

O vento beija os espinhos

E leva o aroma das rosas.


Quem perdoa acende a luz da compreensão para muita gente.


Aprende o perdão com a vida…

O luar com que te enlevas

É um beijo que o sol, de longe,

Envia à face das trevas.


Sempre que o mal te visitar, pede a Deus te conceda a coragem de perdoar.