O Espírito culpado em lágrimas vagueia, O tempo é o mar de dor em que se perde agora, É um duende a gemer na mágoa que o devora, Entre muros mentais, ergue a própria cadeia. Quer voltar ao passado… Implora, titubeia… Nisso, a ideia de Deus é faísca de aurora A surgir-lhe no peito e o peito se lhe enflora, Dá-se à luz da oração e a fé se lhe incendeia… A prece alcança o Azul e, às súbitas, se eleva, Alguém volve do Alto aos turbilhões da treva, Afaga o sofredor, cansado e maltrapilho… E uma filha de Deus, quando em sono profundo, Abre os braços de mãe para trazê-lo ao mundo, Ele nasce e ela canta: — “Ah! meu filho!… meu filho…” |