Sem que o sol guarde a Terra e sem que a Terra inteira Obedeça ao Senhor, de segundo a segundo, Estendendo o seu manto amoroso e fecundo, Ninguém recolheria os dons da sementeira. Sem que a semente desça ao vale negro e fundo, Morrendo por servir aos júbilos da leira, E sem que o lavrador se confie à canseira Não há bênçãos do pão nos celeiros do mundo. Sem a glória do bem cantando em toda estrada, A vida rolaria estranha e desvairada Às furnas abismais do Universo atro e mudo… Assim também conosco, em plena luta humana, Sem a Fraternidade esplêndida que irmana, Tudo é miséria e dor na frustração de tudo. |