Qual austero gigante que nos guia, Furioso e rude e, às vezes, triste e lento, Passa o tempo, na Terra, como o vento, Renovando-te a senda, cada dia. Não desesperes, ante o céu nevoento, Nem te abatas na estrada escura e fria, Nascerão novas flores de alegria Onde há charcos de angústia e sofrimento. O templo, o lar, a fonte, a flor e o ninho… Tudo o tempo transforma, de mansinho, Alterando-se em luz, penumbra e treva! Guarda, porém, o amor puro e esplendente, Que o nosso amor, agora e eternamente, É o tesouro que o tempo nunca leva… |