Feliz de ti se choras e bendizes A angústia que te oprime e dilacera, Guardando a luz da fé, viva e sincera, No coração marcado a cicatrizes! Ditosa a crença que não desespera No turbilhão das horas infelizes, Entrelaçando as fúlgidas raízes No País da Divina Primavera! Suporta a sombra que precede a aurora, Louva a pedrada que nos aprimora, Trabalha e espera ao temporal violento!… E, um dia, sem a carne em que te abrasas, Remontarás ao Céu com as próprias asas, Purificadas pelo sofrimento. |