Quando te observares na verdadeira posição de criatura imortal, nascida de Deus, com estrutura original, decerto te habilitarás a compreender que o Criador te conferiu tarefas individuais que deves aceitar por intransferíveis. Reflete nisso.
Ninguém possui o trabalho que te foi concedido executar, conquanto algumas vezes a obra em tuas mãos possa assemelhar-se, de algum modo, a certas atividades alheias, no levantamento do progresso geral.
Ninguém dispõe da fonte de teus pensamentos plasmados por tua maneira especialíssima de ser.
Qual sucede com as impressões digitais, a voz que te serve se te erige em propriedade inalienável.
Em qualquer Plano e em qualquer tempo, mobilizas todo um mundo interior de cujas manifestações mais íntimas e mais profundas os outros não participam.
À face disso, estarás em comunidade, mas viverás essencialmente contigo mesmo, com os teus sentimentos e diretrizes, ideais e realizações.
Isso porque o Governo da Vida te fez concessões que não estendeu a mais ninguém.
Observa os compromissos que te assinalam, seja em família ou seja no grupo social, e descobrirás para logo as obrigações que se te reservam no imediatismo das circunstâncias.
Se falhas no serviço a fazer, alguém te substitui no momento seguinte, porque a Obra do Universo não depende exclusivamente de nós; entretanto, seja como seja onde te colocares, podes facilmente identificar as tarefas pessoais que a vida te solicita.
Quis a Divina Providência viesses a nascer no Universo por inteligência única, de modo a cumprir deveres inconfundíveis, sob a justa obrigação de te conheceres, mas não nos referimos a isso para que te percas no orgulho e sim para que te esmeres no burilamento próprio, valorizando-te na condição de criatura eterna em ascensão para a Espiritualidade Superior, a fim de brilhar e cooperar com Deus na suprema destinação da Sabedoria e do Amor, para a qual, por força da própria Lei de Deus, cada um de nós se dirige.