Um ponto importante, nas relações afetivas — a nossa atitude para com os entes amados. Habitualmente, em nossa dedicação, somos tentados a escolher caminhos que supomos devam eles trilhar.
Inclinação esta mais do que justa, porquanto muito instintivamente desejamos para os outros alegrias semelhantes às nossas.
Urge considerar, entretanto, que Deus não dá cópias.
Dos pés à cabeça e de braço a braço, cada criatura é um mundo por si, gravitando para determinadas metas evolutivas, em órbitas diferentes.
À face disso, cada pessoa possui necessidades originais e tem o passo marcado em ritmo diverso.
A vida, como sucede à escola, é igual para todos nos valores do tempo; no entanto, cada aprendiz da experiência humana, qual ocorre no educandário, estagia provisoriamente em determinado caminho de lições.
Aquele companheiro terá tomado corpo na Terra a fim de casar-se e construir a família; outro, porém, ter-se-á incorporado no Plano Físico para a geração de obras espirituais com imperativos de serviço muito diferentes daqueles da procriação propriamente considerada.
Essa irmã terá nascido no mundo para a formação de filhos destinados à sustentação da vida planetária; aquela outra, todavia, terá vindo ao campo dos homens a fim de servir a causas generosas em regime de celibato.
Cada coração pulsa em faixa específica de interesses afetivos.
Cada pessoa se ajusta a certa função, compreendendo assim, sempre que a nossa ternura se proponha traçar caminhos para os entes amados, saibamos consagrar-lhes, em silêncio, respeitoso carinho, e, se quisermos auxiliá-los, oremos por eles, rogando à Sabedoria Divina os inspire e ilumine, de vez que só Deus sabe no íntimo de nós todos aquilo que mais convém ao burilamento e à felicidade de cada um.