O afeto humano viceja Com muita luta a transpor, Mas, por estranho que seja A briga renova o amor. Toda afeição desmedida Que explode em surto violento, Só se conserva na vida, À custa de sofrimento. Problema que nos reclama E que ninguém elucida: Só se vê quanto se ama Na hora da despedida. Belo artigo entre os artigos Dos Estatutos do Bem: Quem deseja ter amigos Que seja amigo de alguém. Se procuras paz no amor, Cuidado no coração! Não toques com vara curta A juba da tentação. Mundo Novo? A ser sincero É questão que não deslindo. Casamentos quase zero E a criançada surgindo… Sinal vermelho no amor? Isso indica falatório. Amarelo pede calma E o sinal verde é cartório. Amor livre lembra a chama De incêndio destruidor… O afeto para quem ama É um cativeiro de amor. O coração de quem ama É belo simples e forte, Astro que brilha na vida E reluz, além da morte. |
(Trovas recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 31 de maio de 1986, em Uberaba, Minas).