Deus nos dê, onde estivermos, Na tristeza ou na alegria, A presença da esperança, Nosso pão de cada dia. Para quem cumpre o dever Tempo de sobra é comum; Quem não tem o que fazer Não dispõe de tempo algum. Duas forças em desvio Que nos complicam a estrada: O pensamento vazio E a hora desocupada. Quem observa e quem pensa Percebe, em linhas gerais, Que a preguiça é uma doença De quem descansa demais. Clara sentença que achei Numa página esquecida: O tempo é o tranquilizante Que apaga os males da vida. Com setenta e dois janeiros Morreu Candinha Maroca; Gastou dez anos no estudo, Sessenta e dois em fofoca. Vencer, conquistando a paz… Com isso não me embaralho… Felicidade na vida É trabalho e mais trabalho. Tempo é um ministro de Deus Que vem a nós sem escolta, Observa o que fazemos E tudo nos traz de volta. Em qualquer tempo na vida, Nas lides da Humanidade, O dia mais luminoso Tem nome de Caridade. |
(Trovas recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 19 de julho de 1986, em Uberaba, Minas).