Toda paixão que começa Com muita festa dourada Transforma-se, em poucos dias, Em desengano e mais nada. O casamento tem hora, Tudo pensado entre dois; Mas se o sexo vem antes, Sofrimento vem depois. Parti… Mas vim procurar-te. Já possuis outro moreno… Só achei nossa roseira Nas lágrimas do sereno. Procurar mulher de briga E homem com quem não se engrena É andar no tempo perdido, Buscá-los não vale a pena. De companheiros antigos Muito afeto já se foi… Se os visito, estão pensando Como achar carne de boi. Todo homem ciumento Faz de tudo quanto quer, Ampara netos e filhos, Mas não perdoa à mulher. Casamento de viúvos É fácil de compreender; Se o homem tem novo amor, Mulher também pode ter. Por muita crise apareça, Mesmo na estrada mais triste, Entre os casais que se amam, Separação não existe. Em muito amor, tenho visto Desquite e separação, Se os cônjuges não se aceitam Assim como sempre são. Desencarnado, percebo Que tens outro… Quanto a mim, Entendo que não me lembras E eu te amo, mesmo assim… Se eu pudesse, guardaria O amor sem qualquer mudança, Pensando, sinceramente, Na tristeza da criança. |
(Trovas recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 11 de outubro de 1986, em Uberaba, Minas).