Namorados muito verdes, Em conversas sem limite, Lembram crianças brincando Com bombas de dinamite. Menina a sós, vendo homens Varando a estrada deserta, São dois perigos que, às vezes, Somam desastre na certa. Coração não tem fronteiras, Diz a afeição doce e terna… De fato, o amor não tem lei Mas tem freio que o governa. “O nosso amor se acabou…” Escuto isso e não vejo, Pois o amor nunca se acaba, O que se acaba é o desejo. A mocinha que namora E assina ponto em paquera, Quando sonha com noivado, O namorado já era. Na Terra, a união a dois Para ter um ninho brando, Precisa de muito amor E brigas de vez em quando… Da cascalheira da vida, Ante o homem desatento, Só encontrei um Tesouro: — A joia do casamento. Amor livre em qualquer parte? Pergunta que me consome, No recanto em que nasci Esse amor tem outro nome. Estudo as forças do amor E, quanto mais me aprofundo, Mais reconheço a família Por bênção do amor no mundo. |
(Trovas recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 07 de setembro de 1985, em Uberaba, Minas).