Conclusão clara e sincera Ou conflito singular: Onde a razão desespera, O amor consegue esperar. O homem conquistador Sem que a lógica o assista, Quase sempre é derrotado Por sua própria conquista Tatão casou-se seis vezes Com seis jovens, uma a uma; Agora desencarnado, Não achou esposa alguma. Passa o homem sem dinheiro, Habituado ao vaivém; Mas sem o amor da mulher O homem não passa sem. Afeição quando aparece, Espontânea e verdadeira, Não reconhece distância Pois vence qualquer barreira. Por mais prazer arrecade, O amor de rua e paquera Quando quer felicidade, Felicidade já era. Nasce o amor de leve impulso Pelo olhar que não se vê; Vive, cresce e se alimenta Mas não se sabe de quê. O beijo mais puro e lindo, Na opinião de alguns sábios, É aquele que vive preso E nunca saiu dos lábios. O instinto acompanha o amor, — Ganga que ao ouro se atrela Mas no cadinho do mundo, É que o amor se revela. Dizem que Deus fez do amor Uma lei desconhecida, Que domina, em toda parte A força da própria vida. |
(Trovas recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 26 de outubro de 1985, em Uberaba, Minas).