Nas vésperas do Natal, Trouxe em minha companhia, Para alegrar nossa Casa, Minha turma de alegria. Afeição na vida humana? Quanta alegria sonhada!… Começo não é difícil, Difícil é a retirada. Muita joia nos enfeites Mostrando os próprios meandros, É, talvez, o melhor meio De sustentar os malandros. A moda pode ser branco, De rosa, amarelo ou preto, Mas na pessoa a elegância É problema do esqueleto. Notei dois grupos pescando, Tomados de fome e sede, Vi que a luz pesca de anzol, E as trevas pescam de rede. Liberdade com deveres Não se faz conceito vão, Mas liberdade somente Chega logo à escravidão. Vejo no mundo de hoje Um traço que não me eleva; É ver tanta gente boa Em roupas de Adão e Eva. Micróbio na estrada humana, É carta em jogo incorreto, Mas se guiado por lei É forte agente secreto. Estranho acontecimento O que se dá sobre a Terra, Há gente que mata o tempo, Mas o tempo nos enterra. Ante o Natal, fui ouvir As galinhas e os perus, Todos pediam por nós A proteção de Jesus. |
(Trovas recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 22 de dezembro de 1985, em Uberaba, Minas).