Espontâneo e luminoso, Com beleza sem igual, O sol que nutre a criança É o sorriso maternal. Nascer mulher e ter filhos É ser no mundo violento, A rainha da esperança Nas chagas do sofrimento. Mulher quando se faz mãe Desfaz o peito em carinho… Não apenas deu à luz, Mas se fez luz no caminho. Toda mãe ao ter um filho Tem a nítida impressão De estar libertando um anjo De dentro do coração. Maternidade é um prodígio!… Mas se Deus — o Amor Eleito — Não nos dá o homem que amamos, Do prodígio, nada feito. Ante o pobre delinquente, Dedo ágil no gatilho, Disse a mãe no Tribunal: — “Ele é bom!… Ele é meu filho!…” Mulher doente e sozinha Não tem quaisquer embaraços, Da fraqueza faz a força Se tem um filho nos braços. Vida fácil de mulher? Não procures conhecê-la; Basta ver a água do charco Ao refletir uma estrela. Das provocações que há no mundo, O máximo desconforto É ver qualquer mãe que chora A ausência de um filho morto. O Cristo não quis prender-se Ao ouro, ao poder, à classe, Não teve casa ou conforto, Mas quis ter Mãe que o amasse. |
(Trovas recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 10 de maio de 1986, em Uberaba, Minas).