Céus, quem vos desdobrou no tempo sem memória? Flâmeas constelações, quem vos lança e aglutina? Astros, quem vos dirige a excelsa disciplina? Luzes, quem vos acende a beleza incorpórea? Terra, quem vos gerou? Mares, quem vos domina? Flores, quem vos estende a gentileza e a glória? Aves, quem vos inspira a marcha migratória? Fontes, quem vos impele a cantar em surdina? Desertos, quem vos fez na imensidão de areia? Vales, quem vos mantém? Rochas, quem vos alteia? Vermes, quem vos criou no abismo estranho e mudo?!… De Esfera a Esfera, ser a ser e vida em vida. Surge por toda a parte a resposta incontida: — “Deus!… Tudo vem de Deus na grandeza de tudo!…” |