Ajudar a nós mesmos, a fim de que Deus nos ajude.
Buscando entender a necessidade do auxílio a nós próprios, para que falsas suposições de milagre não nos comprometam a integridade interior, anota os favores vitalícios que recolhes da Divina Bondade e assinala as medidas que te sentes constrangido a movimentar, na proteção ao próprio corpo.
Auxílio não subsiste sem previdência.
As leis do Universo propiciam-te abrigo seguro, no domicílio planetário, entretanto, estás na obrigação de tomar residência própria, adequada ao clima em que estagias, para que te forres da intempérie;
abastecem-te de ar livre e puro, mas deves renovar-lhe as correntes, quando se mostrem poluídas, se não quiseres perder-te, em gases tóxicos;
resguardam-te o carro celular com o fino manto da epiderme, no entanto, é imperioso te agasalhes, preservando-te contra determinadas condições enfermiças;
munem-te de anticorpos que atendem à defesa automática do campo orgânico, mas se aparece violento processo infeccioso, suscetível de arrasar-te todas as resistências, é forçoso providencies medicação de caráter imediato;
armam-te de aparelhos primorosos para os serviços da visão e da audição, entretanto, se agentes estranhos invadem a intimidade dos olhos e dos ouvidos, é indispensável recorras à cirurgia.
Sucede na esfera moral o que acontece na vida física.
No reino da alma, as mesmas leis do Universo conferem-nos os princípios naturais do discernimento e da ordem, da lógica e da justiça, para que a harmonia individual se erija em baluarte da tranquilidade e da segurança de todos, mas sempre que a razão surja obscurecida ou a emoção desgovernada, nas sombras que, por vezes, assaltam o pensamento, se desejamos o auxílio de Deus, é imprescindível auxiliar-nos, realizando com serenidade e desinteresse, ainda mesmo à custa do próprio sacrifício, as duras tarefas da verdade, no acendimento de nova luz.