Sementeira de Luz

Capítulo CCIV

Como “vivo” na Eternidade



14|12|1945


Nos júbilos memorativos dos “mortos”, enchem-se sepulturas de flores custosas. Resplandecem luzes nos jazigos. Diferenciam-se as cruzes que assinalam o último pouso. Para os “mortos” do mundo de carne, as convenções mais pesadas não terminam. O cemitério está cheio de fronteiras como linhas divisórias, marcando as figuras que passaram. Aqueles, porém, que triunfaram da morte, aqueles que sobrepairam ao dogmatismo passageiro, recebem homenagens diferentes. Recebem as flores do carinho sincero, as luzes do coração, as palavras quentes de amor. Bem-aventurados os “mortos” que não continuaram sepultos nos desvãos da existência terrestre. Para eles, a bênção da saudade é lágrima celeste balsamizando o coração para sempre. O amor não é utopia, a esperança não ilude, a fé prossegue firme.

O Professor Joviano rejubila-se com justiça. Recebe a homenagem dos vivos . Que o Divino Doador das bênçãos lhe acrescente a paz, a sabedoria e a felicidade. São os nossos votos,


(.Humberto de Campos)