É isso aí, companheiro, A Terra é um campo de brasas Onde o homem sem dinheiro É um passarinho sem asas. Fala pouco onde estiveres, Guarda o silêncio de sobra, Cachorro bom de tatu Costuma morrer de cobra. Não percas a paciência Nas mágoas em que te cortas, Deus escreve tudo certo, Às vezes, por linhas tortas. Se te deixarem na estrada Aprende a seguir sozinho, Em qualquer parte da Terra Há trechos de mau caminho. Entre as brigas de casais Não entres pelo que vejo… Há rixas do mar com a praia Mas quem paga é o caranguejo. Foge de brindes e honras Que alguém te dá ou te empresta, Quando a leitoa mais sofre, É sempre dia de festa. A pena que não escreve, A lâmina que te corta, Pessoa que te despreza, De perdê-los pouco importa. Não reproves a moeda, Pelo valor que contém, Dinheiro é bênção de Deus Quando aplicado no bem. Nossos irmãos trovadores Revelam em poesia Que vivem além da morte Na beleza da alegria. |
(Psicografia de Francisco C. Xavier)