Não te enganes, não te iludas, Anota o que escrevo aqui: Depois da morte é que a gente Conhece o que fez de si. Quem sabe compreender, Vive sempre mais feliz; Se sofre, nada reclama, Se faz o bem, nada diz. Se todo mundo soubesse Todo o bem que a dor nos traz, Talvez que a gente quisesse Sofrer um pouquinho mais… Se a calúnia te visita Não lhe emprestes teus ouvidos, Os que se lembram do bem Pelo mal são esquecidos. Reencarnação — eis a Lei Que nos norteia o destino, Ninguém aprende a ser grande Sem se tornar pequenino!… Pelas veredas da vida Tantos espinhos achei, Tanta gente vi chorando, Que, se sofro, já não sei. Ontem, verdugo implacável, Terrível perseguidor… Hoje, doente na rua, Estátua viva da dor. Tudo aquilo que fazemos, Em qualquer tempo e lugar, É tudo quanto teremos Na hora de precisar. A humanidade quer paz, Entendimento, união, Mas o homem pouco faz Em matéria de perdão. Se a verdade não for dita De forma calma e prudente, É uma voz que acusa e grita Arrasando com a gente. Se um dia à Terra voltar, Eis, Senhor, do que me valho: Peço-Te alguém que me eduque Com muito amor e trabalho! Quando venha o sofrimento, Não te dês à rebeldia. Recorda: depois da noite, Brilhará um novo dia… |
(Psicografia de Carlos A. Baccelli)