A existência é comparável ao firmamento que nem sempre surge anilado.
Dias sobrevêm nos quais as nuvens da prova se entrechocam de improviso, estabelecendo o aguaceiro das lágrimas. Raios de angústia varrem o céu da esperança, granizos de sofrimento apedrejam os sonhos, rajadas de calúnia açoitam a alma, enxurrada carreando maledicência invade o caminho anunciando subversão…
Multiplicam-se os problemas, traçando os testes do destino em que nos verificará o aproveitamento dos valores que o mundo nos oferece.
Entretanto, a facilitação de cada problema solicita três atitudes essencialmente distintas, tendendo ao mesmo fim.
Silêncio diante do caos.
Oração à frente do desafio.
Serviço perante o mal.
Se a discórdia ameaça, façamos silêncio.
Se a tentação aparece, entenebrecendo a estrada, recorramos à oração.
Se a ofensa nos injuria, refugiemo-nos no serviço.
Toda perturbação pode ser limitada pelo silêncio até que se lhe extinga o núcleo de sombra.
Toda impropriedade mental desaparece se lhe antepomos a luz da oração.
Todo desequilíbrio engenhado pelas forças das trevas é suscetível de se regenerar pela energia benéfica do serviço.
O trânsito da vida possui também sinalização peculiar.
Silêncio — previne contra o perigo.
Oração — prepara a passagem livre.
Serviço — garante a marcha correta.
Em qualquer obstáculo, valer-se desse trio de paz, discernimento e realização, é assegurar a própria felicidade.
S. O. S. é hoje o sinal de todas as nações para configurar as súplicas de socorro e, na esfera de todas as criaturas, existe outro S. O. S., irmanando silêncio, oração e serviço, como sendo a síntese de todas as repostas.