Contemplo-te, roseira, em vagas de perfume… A exaltação da cor resplandece e domina… Pétalas de rubis na touca esmeraldina, Toda a beleza em ti como que se resume!… Surge o Homem, porém… Lâmina em fino gume, Decepa a veste em luz que te guarda e acetina… Relegada à nudez, mutilada e mofina, Suporta na raiz nova carga de estrume!… No entanto, estranha ao lodo e aos podões agressores, Recobres-te de verde e lanças novas flores, Leal à vida em si que te nutre e socorre!… Alma, fita a roseira humilde, atenta e boa, Embora o fel do mundo, ama, serve, abençoa E encontrarás com Deus o amor que nunca morre. |