Ante o século XX, em que a vida proclama A vitória solar do cérebro sublime, Alastram-se no mundo a santidade e o crime A glória senhoril e a decadência em lama. Alteia-se no espaço a inteligência em chama, Enquanto, a pleno chão, em lágrimas se exprime O espírito sem fé a que se acolhe ou arrime, Entre a aflição que o fere e a luta que o reclama. Qual estrela, porém, sobre o estranho conflito, Refulge o Espiritismo — a fonte do Infinito, A verter sem que o lodo a tisne ou sobrenade! A grandeza do céu volve a falar de novo… É Jesus que retorna ao coração do povo Para erguer sobre a Terra a nova Humanidade. |