Sem provas, de quando em quando, No curso da disciplina, Ninguém confere o que aprende, Nem senhoreia o que ensina. Quem trata do que não deve, Por mais elevado esteja, Acaba sem pressentir Fazendo o que não deseja. Desgovernada afeição — Incêndio arrasando a vida — Amor que vira paixão Derrama ódio em seguida. Saudade — luz doce e fria, Espinho em forma de flor. Um retrato da alegria Emoldurado de dor. Ignorância e descrença — Estranha dupla infeliz… Uma não sabe o que pensa, Outra não sabe o que diz. Navio no ancoradouro, Barco firme a descansar… Mas não foi para esse fim Que ele nasceu para o mar. A tentação me buscou, Chorou, soluçou, tremeu… Ouvi, concordei, cedi… Quem geme agora sou eu. Lição da sabedoria Que ninguém aplica em vão: A verdadeira humildade Não conhece humilhação. Bendito o trabalhador, Entre espinhos e brejais, Que responde à praga e ao vento Plantando e servindo mais!… |