Sinais de Rumo

Capítulo II

Pequeninos



Deus situou no lar o berço doce e puro

E colocou no berço a divina esperança,

Em que o homem, plasmando o coração da criança,

Edifica na Terra o seu próprio futuro.


A alma infantil é argila de amor para a construção do Reino de Deus.


A criancinha perdida,

Sozinha, desamparada,

É flor caída na estrada,

Sob desprezo e aflição…


Oh! vós que atendeis na vida

À estrela da caridade,

Recolhei-a, com bondade,

Ao templo do coração.


No clima infantil principia o clima dos homens.


Não olvides que a criança,

No caminho, vida afora,

Vai devolver-te, mais tarde,

O que lhe deres agora.


A existência terrestre é um dia laborioso.

O homem é o lavrador que colhe segundo a plantação.

A criança é o amanhecer.


Criança — linda semente,

Raio de luz a sorrir.

É nesse pingo de gente

Que Deus te entrega o porvir.


Os malfeitores confessos são, em verdade, a caricatura dos sentimentos infelizes com que a sociedade relegou a criança ao supremo abandono.


Pequeninos, pequeninos,

Aves do céu, procurando

Um ninho ditoso e brando,

Em que o pão se faça luz!…


Neles brilham dons divinos

Que devemos cultivar

Para a grandeza do lar

E exaltação de Jesus.


Amparando a criança, auxilia igualmente o coração da mulher. Jesus, o Governador do Mundo, embora a excelsitude celeste, não prescindiu dos braços maternais, para erguer-se entre os homens.